top of page
IMG_7138-Editar_AD.jpg


Escola Educar II SESC-CE
 

Autores

Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro e Luiz Cattony

Colaboradores

Raquel Leite (arquiteta), Frederico Leite, Júlia Brito e Maiara Lacerda (estagiários)

Equipe

Harmonia (acústica), Comaru Engenharia do Ar (ar condicionado), Nativo Estúdio de Design (comunicação visual), E3 Engenharia Estrutural (estrutura concreto), Holanda Engenharia (estrutura metálica), Transitar Engenharia e Consultoria (instalações prediais), Gerson Amaral (paisagismo), Ari Holanda Júnior Engenharia Diagnóstica (orçamento) e WR Engenharia (construção).

Fotos

Igor Ribeiro

Fortaleza - CE, 2017/2022

 

 

 

O projeto da Escola Educar II SESC-CE está situado no bairro Damas, em Fortaleza, em um terreno longitudinal no sentido leste-oeste, com dimensões aproximadas de 350,00m por 50,00m, que conta com duas frentes para as vias principais e possui, ainda, três acessos transversais em sua porção sul. Além dessas condições, o projeto lidou, também, com algumas preexistências: uma capela que serve à comunidade local; um ginásio a ser reformado e incorporado ao projeto da escola; e uma edificação antiga onde já funcionava parte da escola mas que deveria ser demolida para a construção do novo edifício. 


O programa solicitado era composto por blocos didáticos para os ensinos infantil, fundamental I e II, um auditório, um bloco para atividades extracurriculares, um refeitório e a reforma do ginásio preexistente. Assim, para viabilizar a implantação no terreno com suas preexistências, programa solicitado e no cronograma previsto, o projeto foi pensado dentro de uma lógica de racionalização, coordenação modular e industrialização da construção, da estrutura às vedações, facilitando o processo de obra e diminuindo os prazos de execução, além de possibilitar a execução do projeto em fases. 


A fase 1, já construída, se deu na parte mais vazia do terreno, a partir da sua porção oeste, tendo acesso pela via principal deste lado e em uma das transversais, e conta com o bloco didático do ensino fundamental II, bloco de atividades extracurriculares, refeitório, reforma do ginásio e passarelas de conexão. A fase 2, apenas em projeto, incorpora a porção leste e sua via de acesso, além da demolição da estrutura preexistente, que pôde se manter funcionando enquanto a primeira parte da obra foi construída.


Os edifícios da fase 1 se distribuem não como blocos isolados, mas como um sistema regido pela lógica construtiva e distribuição programática. Sua implantação ocupa os vazios das estruturas existentes no terreno distribuindo o programa, se conectando com os acessos e direcionando os fluxos. 

 

 

 

O bloco didático, de maior área, ocupa o acesso principal a oeste e marca a entrada. A partir dele o fluxo interno vai se distribuindo para as demais partes do programa, com o acesso de serviço acontecendo mais a sul a partir de um dos acessos secundários. Essa ocupação do terreno, por sua vez, se dá de forma porosa, criando vazios que geram pátios internos e marcando acessos com angulações que quebram a rigidez da malha estrutural. A convivência surge como condicionante e norteador da distribuição do programa de necessidades, valendo destacar que, tão importante quanto os espaços construídos, foram os vazios criados, responsáveis por locais de convivência, como o pátio interno onde se encontra a rampa, ou pelo extenso parque linear na porção norte do terreno, que une os diferentes setores do complexo escolar. 


Neste sentido, a cor também entra como elemento central, ajudando a marcar os acessos, circulações verticais e diferenciando as diferentes partes do programa, atuando como guia dentro da neutralidade do branco que predomina no volume construído e em sua estrutura aparente, em um trabalho bastante integrado entre arquitetura e identidade visual.
A estrutura metálica, adequada às limitações colocadas, foi pensada a partir da modulação de 1,20m e vence grandes vãos, sobrepondo peças para a montagem dos espaços internos, com as lajes steel deck sobre vigas metálicas e forros tipo colmeia, além das segundas peles de brises horizontais que protegem os ambientes internos da insolação direta e criam um padrão para o invólucro do edifício.


O conforto térmico foi proporcionado por diversas estratégias. A primeira é a possibilidade de ventilação natural nos ambientes de circulação vertical e horizontal. Além disso, os pátios criados trazem a vegetação para dentro do edifício, melhorando a umidade do ar e as esquadrias foram protegidas por brises horizontais metálicos fixos. Assim, o bem-estar dos alunos, professores e funcionários é garantido por ambientes ergonomicamente confortáveis, com abundante entrada de luz natural e ventilação, e reforçado pela estreita relação entre espaços construídos e áreas verdes de socialização. As salas de aula possuem esquadrias nas paredes opostas, permitindo a ventilação cruzada e evitando acúmulo de CO2 nos seus ambientes internos.

bottom of page